Daniel Goleman e os 4 pilares da Inteligência Emocional

No mundo em que vivemos hoje, ter sucesso na vida, tanto pessoal quanto profissional, requer muito mais do que só usar o lado racional da nossa consciência.

Para ter uma vida equilibrada e próspera, precisamos desenvolver a capacidade de lidar com as nossas próprias emoções e, consequentemente, com as emoções dos outros.

E como podemos fazer isso? Através da Inteligência Emocional.

Obviamente que não é como um passe de mágica que, do dia para noite, conseguimos resolver todos os nossos desafios relacionados ao nosso lado emocional e como lidamos com os outros. Esse é um trabalho diário, contínuo. É uma construção, uma jornada e aqui neste artigo vamos te dar algumas dicas de como colocar em prática!

Daniel Goleman, entusiasta e estudioso da Inteligência Emocional

O termo Inteligência Emocional não foi criado por Daniel Goleman, mas foi com ele que esse termo se popularizou quando publicou um livro de mesmo nome em 1995.

Goleman é um psicólogo com doutorado em Psicologia pela Universidade de Harvard que passou 12 anos na editoria de Ciência do The New York Times escrevendo sobre comportamento humano. Após o lançamento de seu livro Inteligência Emocional, Goleman deixou o jornal e passou a dar palestras pelo mundo todo.

Escreveu mais livros e hoje fala de temas como: autoengano, criatividade, transparência, meditação, aprendizagem social e emocional, ecoliteracia e crise ecológica.

A Inteligência Emocional e seus 4 pilares

Em seu livro Inteligência Emocional, Daniel Goleman afirma que 20% das aptidões necessárias para se tornar uma pessoa bem sucedida são representadas pelo QI (Quociente Intelectual). Os outros 80% são representados pelo QE (Quociente Emocional), ou seja, um conjunto de fatores formados pela Inteligência Emocional.

Desde a publicação de seu livro para cá, Goleman desenvolveu seus estudos sobre o tema e hoje fala sobre os 4 pilares da Inteligência Emocional, que são:

  • Autoconsciência
  • Autogerenciamento (gestão das emoções)
  • Consciência Social (empatia)
  • Gestão de Relacionamento (sociabilidade)


Esses pilares não são por acaso. Eles são complementares e estão interligados. Cada um corresponde a um quadrante entre a consciência e ação do EU e a consciência e ação em relação ao OUTRO. No infográfico abaixo, fizemos um resumo para melhor visualização desses pilares:



A seguir, vamos explicar melhor cada desses pilares e separamos também algumas dicas que como colocá-los em prática! Mas lembre-se: a Inteligência Emocional é uma jornada!


1. Autoconsciência

A autoconsciência diz respeito ao autoconhecimento. Este primeiro pilar da Inteligência Emocional está relacionado à nossa consciência em relação às nossas emoções e ao reconhecimento de como elas se manifestam em nós.

As nossas emoções, geralmente, são divididas em duas partes: a primeira diz respeito ao componente psicológico, ou seja, pensamentos, atitudes e crenças que temos. A segunda está relacionada ao componente físico, as sensações corporais decorrentes de nossos estados emocionais.

Ter autoconsciência ou autoconhecimento é saber reconhecer esses dois componentes e a relação entre eles.

Por exemplo, se você se perguntar “Quando acontece uma situação específica ou quando tenho algum tipo de pensamento específico, que sensação eu geralmente tenho no meu corpo?”

Se souber a resposta, você está no caminho certo. Significa que você conhece a relação entre seus componentes psicológicos e físicos. Se não souber a resposta ainda, não se preocupe, está lendo esse texto também é estar no caminho certo.


Como fazer para desenvolver a autoconsciência?

Nossa primeira dica é: observe seus sentimentos e procure padrões de suas reações físicas com as situações que acontecem. Uma boa maneira de fazer isso é refletir ao final do dia sobre tudo que aconteceu.

Você pode ter algum caderno de anotações para escrever sobre isso ou parar alguns minutos do dia para meditar. Concentre na sua respiração e observe o que vem à sua cabeça e o que você sente em relação a isso.

Outra dica que temos é: peça feedbacks de pessoas próximas e os escute com atenção. Pode ser na vida pessoal ou profissional. Feedbacks positivos e construtivos nos auxiliam a enxergar melhor nossos pontos fracos e fortes.

Caso você discorde do que ouviu, não há necessidade de tentar se defender. Você não precisa ser reativo ao que ouviu, muito menos se afundar nas “críticas” que acredita ter recebido. O papel desse trabalho é avaliar o seu ponto de vista e a percepção do outro em relação a você.


2. Autogerenciamento (gestão das emoções)

O autogerenciamento diz respeito ao gerenciamento de nossas emoções e a busca das melhores maneiras para expressá-las.

Depois de passar pelo primeiro pilar em que você conhece um pouco melhor suas emoções, chegou a hora de aprender a lidar com elas e a controlar a resposta automática.


Como fazer para desenvolver a gestão das emoções?

O objetivo principal aqui é evitar reações exageradas que podem causar desentendimentos desnecessários.Portanto, nossa dica é que você deve dar um tempo necessário para que seu sistema racional processe o acontecimento.

Existem algumas técnicas simples para esse “ganho de tempo”, como fazer uma pausa para respirar ou escrever um rascunho de resposta e depois voltar e analisá-la com mais calma. 


3. Consciência Social (empatia)

A consciência social diz respeito à empatia, ou seja, à capacidade de ver e sentir as situações pelo ponto de vista de outra pessoa.

Claro que é impossível sentirmos exatamente o que o outro sente, mas a empatia nos permite fazer a escolha de tentar nos colocarmos nesse lugar e a desenvolver essa habilidade todos os dias.


Como fazer para desenvolver a consciência social?

É possível aprender sobre os pensamentos e sentimentos de outra pessoa quando prestamos atenção à forma como ela se comunica, seja verbalmente ou não.

Portanto, nossa dica para este pilar é: escute as pessoas com atenção e procure não julgá-las, permita que a outra pessoa explique o que ela está sentindo. Tradicionalmente dá-se um nome para esta ação: “Escuta Ativa” ou “Escuta Empática”.


4. Gestão de Relacionamento (sociabilidade)

O último pilar da inteligência emocional é a gestão de relacionamento ou sociabilidade. O que isso quer dizer?

É o conjunto de todos os outros pilares em ação. A sociabilidade diz respeito às respostas que damos às emoções de outras pessoas. É aqui que aplicamos nossa compreensão emocional ao lidar com os outros.

As nossas emoções afetam as outras pessoas e simultaneamente somos afetados pelas emoções delas. Portanto, para gerenciar nossos relacionamentos, precisamos estar sintonizados com as emoções das outras pessoas ou do local em que estamos e com as respostas que vamos dar com nossas ações.


Como fazer para desenvolver a sociabilidade?

Por ser o último pilar, o importante aqui é que você desenvolva os outros três em conjunto. Ter consciência das suas emoções e ser capaz de gerenciá-las são habilidades essenciais para ter um bom relacionamento com os outros. Juntando isso à consciência social, ou seja, entendendo melhor o outro, é possível ter melhores respostas ou intervenções para bem de todos.

A inteligência emocional é uma jornada.

Portanto, dando um passo de cada vez e trabalhando cada característica, você vai evoluindo e melhorando e, com certeza, terá resultados que nem imagina!


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